Quem prega a desunião, não conhece a união


Os movimentos reivindicatórios dos policiais e bombeiros militares do Brasil, mostram uma grave crise estrutural, fundamentada em três aspectos que são distintos, a saber: O aspecto conjuntural (este é imediato), o aspecto estrutural (a verdadeira razão), e o aspecto da desunião. Nesse último caso, a desunião não é aparente.

Mas vamos ao cerne das questões; os elementos conjunturais repousam na relação desrespeitosa e superficial que os nossos governantes insistem em manter com os policiais e bombeiros militares. O que vemos é que as crises foram deflagradas pelo não cumprimento dos governantes de suas promessas de campanhas eleitorais; aí vieram as ameaças, como sempre, e podemos dizer que nossos governantes esqueceram que os policiais e bombeiros precisam comer e alimentar suas família, precisam mandar seus filhos para a escola e precisam vestir a si e a sua família; mas o principal fica evidenciado quando não analisam que o mesmo precisa ser tratado com respeito, dignidade e reconhecimento, e o que cada um deseja no fundo, é um salário digno.

No quesito desunião, o grande erro do policial e bombeiro militar do Brasil é fomentar esse sentimento; devemos entender que enquanto ele existir entre os companheiros só dará alegria a alguns. Precisamos focar em outra coisa, debater entre nós, vermos o que temos em comum, e se muitos pararem, verão que se tem muita coisa em comum; todos querem dignidade, reconhecimento e o principal um melhor salário; devemos aprender com nossos erros, pois por incrível que possa parecer, de quatro em quatro anos aparecem alguns candidatos que não são nosso meio, prometendo mundos e fundos e como de costume sempre acreditamos; sim, às vezes aparece gente de nosso meio que simplesmente nos traem, nos abandona e nos apunhala, como Judas fez com Jesus em troca de alguns trocados, o que é absolutamente normal quando essas pessoas não possuem caráter algum; temos o dever de não deixar que isso nos abale, devemos continuar acreditando.

Infelizmente o sentimento de cada policial, interiorizado há séculos, é de que somos tratados como os escravos que vieram ao Brasil; ao analisar friamente acabamos acreditando que realmente somos escravos e pasmem temos muitos senhores; mas hoje não se usa mais o chicote, que foi substituído pelas ameaças, principalmente quando utilizam as frases: “façam isso senão te prendo”, “façam aquilo senão te expulso” e por ai vai; quando os Policiais e Bombeiros deste imenso Brasil vão aprender que essa desunião ora pregada dentro e fora dos quartéis nada mais é do que tentativas para que os senhores não tenham consciência da força que têm em mãos, o voto? A quem interessa que não tenhamos uma bancada forte no Congresso Nacional ou numa Câmara Legislativa? Ora companheiros, já passou o momento de deixarmos de ser conduzidos, de deixarmos de ser a famigerada “massa de manobra”; precisamos nos conscientizar de que somos milhões de votos no Brasil, o que daria para eleger uma grande bancada no Congresso; e milhares em Brasília para consolidar uma representatividade sólida na CLDF, com toda certeza.

Companheiros deixem suas diferenças de lado, abandonem a desunião e vaidades e passem a pensar em uma união forte com um único objetivo, com um mesmo tema: “QUERO MUDAR A CARA DAS POLICIAS E BOMBEIROS MILITARES DO BRASIL, QUERO RECONHECIMENTO, DIGNIDADE E UM MELHOR SALÁRIO”.

Colegas, isso só será possível se cada um lutar por todos e tiver um único lema: “UM POR TODOS, TODOS POR UM”.

Não pensem que é fácil conseguir a Carta de Alforria.

Texto encaminhado pelo colega CONSCIÊNCIA POLITICA PMBM - atualizado

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