Governador Agnelo Queiroz: números de avaliação
estacionados por falta de esforço coletivo em torno de sua reeleição
O catálogo de interpretações é variado e cada qual analisa de acordo com os interesses e circunstâncias. No entanto, não precisa ser jornalista especializado em política para perceber que no Distrito Federal o futuro do governador Agnelo Queiroz (PT) já venceu. Só ocorrendo um milagre político para que ele consiga manter-se como candidato à reeleição. Aquela tão esperada brisa de esperança vinda dos números favoráveis de que o brasiliense ainda acredita no governador, aos poucos vai se desfazendo no ar seco e frio de Brasília.
O governo do doutor Agnelo não consegue emitir sinais de esperança, atitude e liderança política. A percepção que se tem é a de que sobra discurso e faltam determinação, objetividade e austeridade. Neste governo só se ouve falar em números superlativos, como o valor do Estádio Nacional Mané Garricha, que consumiu R$ 1,6 bilhão para ser concluído. E tome declarações otimistas como as do fiel escudeiro deputado distrital Chico Vigilante, para quem, “Agnelo é o melhor governador que o DF já teve”. O silêncio nunca foi uma característica do deputado, mas convenhamos, exagera na defesa e peca pela falta de percepção da realidade. Não há como ignorar que o desastre eminente, sustentado por uma gestão de paliativos, está corroendo a possibilidade de o PT sustentar Agnelo como candidato à reeleição.
O DF tem estrutura financeira de dar inveja a qualquer outra unidade da federação, quase tudo sustentado pelo contribuinte brasileiro, mas vive no topo da Torre Digital em contradições e equívocos. Sem comando estratégico e articulação política forte não há governante que consiga costurar uma reeleição segura, nem mesmo o PT, que tem fama de bom em eleição, mas também de ruim quando chega ao poder. Como estamos em tempo de inauguração do megaestádio, a imagem futebolística de que Agnelo transmite convicção, mas não confiança, serve como um pênalti para os adversários. Só um azar para errar o gol. Ou seja, a vitória rumo ao Palácio do Buriti.
Agnelo tem uma orquestra com músicos bons e razoáveis, mas na apresentação ao distinto público, o maestro ainda está carregando o piano enquanto a plateia, atônita, espera os primeiros acordes para saber se aplaude ou vaia o regente.
Os sinais de que já passou a fase de arrumação no governo ainda não chegaram ao eleitor. Não dá mais para todo mês mudar gestores e anunciar novos rumos na gestão. Basta dar uma olhada nas regiões administrativas para perceber isso. E tome pressão na Câmara Legislativa, onde a base de Agnelo faz cara de paisagem. Todos empurram a agonia do governo para debaixo do tapete, deixando-o mergulhado num pântano deprimente ao ponto de vozes sensatas do PT alertarem que “não existe governo bom sem bons protagonistas”.
A política é uma atividade prazerosa para quem
gosta e tem vocação, mas também é um martírio quando não se acerta nas
parcerias ou cai em tentação, quer por vaidade, arrogância ou corrupção. No
Brasil, corrupção parece ser uma doença endêmica, sem cura e para a qual
dificilmente se encontra um antídoto. Já arrogância e vaidade têm derrotado
muita gente, que o diga o ex-governador José Roberto Arruda, abatido pelas
três.
O catálogo de interpretações é variado e cada qual analisa de acordo com os interesses e circunstâncias. No entanto, não precisa ser jornalista especializado em política para perceber que no Distrito Federal o futuro do governador Agnelo Queiroz (PT) já venceu. Só ocorrendo um milagre político para que ele consiga manter-se como candidato à reeleição. Aquela tão esperada brisa de esperança vinda dos números favoráveis de que o brasiliense ainda acredita no governador, aos poucos vai se desfazendo no ar seco e frio de Brasília.
O governo do doutor Agnelo não consegue emitir sinais de esperança, atitude e liderança política. A percepção que se tem é a de que sobra discurso e faltam determinação, objetividade e austeridade. Neste governo só se ouve falar em números superlativos, como o valor do Estádio Nacional Mané Garricha, que consumiu R$ 1,6 bilhão para ser concluído. E tome declarações otimistas como as do fiel escudeiro deputado distrital Chico Vigilante, para quem, “Agnelo é o melhor governador que o DF já teve”. O silêncio nunca foi uma característica do deputado, mas convenhamos, exagera na defesa e peca pela falta de percepção da realidade. Não há como ignorar que o desastre eminente, sustentado por uma gestão de paliativos, está corroendo a possibilidade de o PT sustentar Agnelo como candidato à reeleição.
O DF tem estrutura financeira de dar inveja a qualquer outra unidade da federação, quase tudo sustentado pelo contribuinte brasileiro, mas vive no topo da Torre Digital em contradições e equívocos. Sem comando estratégico e articulação política forte não há governante que consiga costurar uma reeleição segura, nem mesmo o PT, que tem fama de bom em eleição, mas também de ruim quando chega ao poder. Como estamos em tempo de inauguração do megaestádio, a imagem futebolística de que Agnelo transmite convicção, mas não confiança, serve como um pênalti para os adversários. Só um azar para errar o gol. Ou seja, a vitória rumo ao Palácio do Buriti.
Agnelo tem uma orquestra com músicos bons e razoáveis, mas na apresentação ao distinto público, o maestro ainda está carregando o piano enquanto a plateia, atônita, espera os primeiros acordes para saber se aplaude ou vaia o regente.
Os sinais de que já passou a fase de arrumação no governo ainda não chegaram ao eleitor. Não dá mais para todo mês mudar gestores e anunciar novos rumos na gestão. Basta dar uma olhada nas regiões administrativas para perceber isso. E tome pressão na Câmara Legislativa, onde a base de Agnelo faz cara de paisagem. Todos empurram a agonia do governo para debaixo do tapete, deixando-o mergulhado num pântano deprimente ao ponto de vozes sensatas do PT alertarem que “não existe governo bom sem bons protagonistas”.
Por Wilson Silvestre
Fonte: Jornal Opção - 02/06/2013
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