Dilma diz que receberá líderes de protestos e critica violência

A presidente falou em cadeia nacional nesta sexta-feira sobre os protestos que se espalham pelo país



A presidente Dilma Roussef falou nesta sexta-feira (21), em cadeia nacional de rádio e televisão, sobre o posicionamento oficial do governo federal em relação às manifestações que se espalham pelo país desde o começo do mês. Dilma disse que está ouvindo a voz e as demandas da população nas ruas e que é contra atos de violência e vandalismo - e se comprometeu a receber os líderes das manifestações.

A presidente anunciou três medidas para atender às demandas das mais de 1 milhão de pessoas que se manifestaram nos últimos dias. A primeira é um plano de mobilidade urbana, para melhorar o transporte público nas cidades. A segunda é aumentar os esforços na aprovação do projeto de lei que destina 100% dos royalties do petróleo para a educação. Por fim, Dilma disse que vai trazer mais médicos do exterior para melhorar o atendimento do SUS.

A presidente falou sobre uma das principais demandas dos manifestantes, o combate à corrupção. Dilma disse que o país precisa de mais transparência, mais participação popular, e um controle mais abrangente sobre os representantes eleitos. Além de prometer se encontrar com os líderes das manifestações, a presidente disse que irá se reunir com líderes dos demais poderes, prefeitos e governadores de todo o país para construir uma ampla e profunda reforma política.

Um ponto importante do discurso da presidente foi em relação a Copa das Confederações. Dilma disse que os recursos do governo federal na construção das arenas da Copa é fruto de financiamento - e que esses empréstimos serão pagos pelas empresas e governos locais que irão usufruir a concessão do estádio. Além disso, fez um apelo para que o Brasil receba bem os turistas que devem viajar ao país para a Copa. "O Brasil participou de todas as Copas do Mundo, e sempre foi bem recebido pelos países. Precisamos acolher bem os nossos hóspedes".

Segundo Dilma, a energia que levou os manifestantes às ruas pode ser usado para melhorar o país. "Se aproveitarmos o impulso dessa energia, podemos fazer muito mais. Se deixarmos a violência tomar conta, corremos o risco de colocar muita coisa a perder", disse.

Fonte: Revista Época online - 21/06/2013

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