Protestos: Sampa, Rio, Poa... protestos e pancadaria. A Turquia é aqui?

A partir do meio da tarde e até o fim da noite, turbas tomaram o centro de Porto Alegre, São Paulo e Rio de Janeiro. A motivação é uma só: Transporte público de qualidade e um valor da passagem que caiba no bolso.
Três das grandes capitais brasileiras foram tomadas por numa onda de violência nesta quinta-feira 13, com manifestantes apanhando de policiais militares por protestarem contra os últimos reajustes nos preços das passagens dos ônibus. Nessas cidades, o povo quer o que os goianos conseguiram, também após muita pancadaria em Goiânia: a suspensão do aumento.

A partir do meio da tarde e até o fim da noite, turbas tomaram o centro de Porto Alegre, São Paulo e Rio de Janeiro. A motivação é uma só: Transporte público de qualidade e um valor da passagem que caiba no bolso.

Na capital gaúcha, com rumores de que a liminar que baixou o preço da passagem de ônibus será derrubada, e em solidariedade ao movimento de paulistas e cariocas, centenas de manifestantes se reuniram em frente à prefeitura da capital. ...

Munidos de cartazes, e alguns com os rostos cobertos, os manifestantes gritavam palavras de ordem contra a criminalização da manifestação, e faziam referências aos protestos na Turquia. "Acabou o amor, isso aqui vai virar uma Turquia", bradavam.

"Vem para luta contra o governo, somos povo e a passagem nós vamos baixar", eram as frases ditas pelos manifestantes acompanhados pelo som de tambores, e iluminados por sinalizadores disparados pela polícia.

Em São Paulo, manifestantes que protestavam contra o aumento da passagem entraram em confronto com a Polícia Militar. Calcula-se entre 90 e 120 o número de pessoas presas, entre as quais jornalistas.

Impedidos de ocupar a Avenida Paulista, os manifestantes se aglomeraram no cruzamento da rua da Consolação com a rua Maria Antônia, seguindo depois para a Augusta. Policiais faziam um bloqueio, mas um grupo de cerca de 400 manifestantes ultrapassou o isolamento da PM, que usou gás lacrimogêneo, tiros de borracha e bombas de efeito moral para tentar conter o avanço das pessoas.

Com a interrupção do tráfego, carros ficaram parados na região. Alguns motoristas abandonaram os veículos, para tentar fugir do tumulto. Ônibus que usavam o corredor na rua da Consolação também não conseguiam seguir viagem e foram abandonados pelos passageiros. Cerca de 30 veículos foram vandalizados, e tiveram janelas quebradas, além de serem pichados.

Cerca de 30 bombas foram lançadas na região da praça Roosevelt. Tentando fugir das bombas lançadas pela polícia, muitas pessoas se refugiaram em lojas com portas semi-cerradas e garagens dos prédios comerciais e residenciais.

No Rio de Janeiro, a passeata foi com muiota batucada e musicas improvisadas, Os principais refrãos eram "Vem, vem para rua, vem contra o aumento..." e "O povo na rua, Cabral a culpa é sua". Com os rostos cobertos com máscaras, dois integrantes do Movimento Anonymous Brasil, que declaradamente invadiu alguns sites do governo, declararam apoio in loco ao movimento. "O que os veículos de imprensa deixam de lado nós estamos fazendo pela sociedade."

Antes das 20 horas os manifestantes seguiram em caminhada pela avenida Rio Branco, que estava totalmente interditada. Ao chegar na Cinelândia, onde policiais da Tropa de Choque estão posicionados, o confronto inevitável.

Fonte: Notibras com Agências - 13/06/2013

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