Corruptos desviam R$200 bilhões por ano no Brasil, afirma ONU

Desenho ilustrando corrupto. Imagem: Diogo
Além de ter ocupado, em 2012, a posição de número 73 em lista dos países mais corruptos do mundo, a qual é medida segundo a percepção populacional, são desviados, segundo o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, de responsabilidade da ONU, ao menos R$200 bilhões por ano no Brasil (dados de 2012).

Em reunião promovida pelo órgão e realizada em novembro de 2012 em Brasília, foram convocados cinquenta especialistas para discutir o problema e possíveis práticas anti-corrupção.

O valor é superior à soma dos valores dispendidos em saúde e educação, os quais, em conjunto, são responsáveis pela despesa de R$140 bilhões. Isto é, não havendo corrupção, os valores investidos nestes setores poderiam dobrar e ainda restariam R$60 bilhões.

Segundo a Transparência Internacional, em estudo mais recente, o país melhorou ligeiramente a sua posição, atingindo a posição de número 69 (leia mais clicando aqui). No entanto, vale ressaltar que isto não significa, necessariamente, uma "melhora": o índice mede a percepção, não abrangendo os níveis efetivos, reais e abrangentes de corrupção.

Vale ressaltar, também, que tais valores não englobam a má utilização do dinheiro público, isto é, o dispêndio em programas falsos, obras paradas, shows, política de "pão e circo", despesas para a construção de estádios, entre outras políticas questionáveis.

O Movimento Contra Corrupção (MCC), em sua página no Facebook, criou, no início do ano, um álbum - intitulado "O Custo da Corrupção" - com cálculos simples para demonstrar e ilustrar, de modo acessível, o que poderia ser feito com tais valores. Clique na imagem para acessar o álbum:

Uma das imagens criadas pelo MCC,
 "Movimento Contra Corrupção". Imagem:  Juliano/MCC
Qual é a sua posição a respeito destes dados? A corrupção pode ser nulificada, erradicada? Não sendo erradicada, pode ser minorada? Caso o seja, como isto se daria? Qual é o papel dos movimentos sociais neste objetivo? Qual é a função do voto? O que pode o cidadão comum fazer para reverter este quadro? Manifeste sua opinião e contribua para o diálogo democrático.

Lígia Ferreira é analista de sócio-mecanismos.


Fonte: folhapolitica.org

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