Joaquim
Roriz, José Roberto Arruda e governador Agnelo Queiroz:
denúncias de corrupção podem dar em nada, mas vão fazer um grande estrago na
disputa eleitoral se eles vierem a disputar cargos públicos.
Nada
pior para um político do que denúncias de suposta corrupção em suas gestões,
principalmente em ano pré-eleitoral ou em plena campanha política. Este, sem
dúvida, é maior pesadelo que, além de tirar o sono, mancha qualquer biografia,
pois no momento a Justiça não tem poupado quem é pego com a mão nos cofres
públicos.
A
recente reportagem da revista ISTOÉ denunciando
desvios de recursos públicos na construção do Metrô de Brasília atinge em cheio
os ex-governadores Joaquim Roriz e José Roberto Arruda (ambos sem partido).
Eles têm anunciado, via apoiadores, que podem ser candidatos ao Palácio do
Buriti em 2014. Mesmo desmentindo a reportagem, nesta altura dos
acontecimentos, fica difícil convencer a opinião pública de que Roriz e Arruda
desconheciam um contrato de obra tão caro. Nenhum governador fica alheio ao que
ocorre no âmbito de sua gestão, principalmente se tiver um contrato de milhões
em execução.
Na
mesma vala encontra-se o governo de Agnelo Queiroz (PT). A julgar pelas denúncias
publicadas, quase diariamente nos blogs, principalmente pelo jornalista Mino
Pedrosa (agora também colunista do “Jornal de Brasília”), a situação do
governador petista junto à opinião pública não é das melhores. Passou pelo
escândalo Cachoeira, contrato de shows superfaturados, conforme questionamento
do Tribunal de Contas do DF e, finalmente, no escandaloso custo do Estádio
Nacional Mané Garrincha. Obra que pode chegar ao custo final na estratosférica
soma de R$ 1,8 bilhão (!), segundo especulações que circulam em Brasília.
Nesta
conta ficam fora pequenos gargalos de suspeição na saúde, transporte público,
administrações regionais e, por último, de acordo com Mino Pedrosa, o relatório
da produtora Canal 27 — empresa responsável pela campanha de Agnelo — ,
que mostra o homem de confiança do governador, Abdon Henrique Araújo “recebendo
propina”.
Com
tanta frente de desgaste, como Agnelo vai convencer o eleitor de que é
meramente uma vítima de perseguições políticas? Demorou, mas ele está sendo
sugado pelo buraco negro de supostas corrupções. Diante deste quadro, imagine
um debate na televisão e rádio, com Agnelo confrontado por outros candidatos
aos quais não consta no currículo qualquer suspeição pública. O governador, por
mais bem intencionado que seja, não terá argumentos para convencer o eleitor de
que “tudo foi em nome do interesse do povo”, como os petistas adoram
alardear.
Fonte:
Jornal Opção – Coluna Brasília – Wilson Silvestre
Postado
por Sandro Gianelli
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