Câmara vai espera decisão da Justiça sobre Rôney e Aylton Gomes

Benedito Domingos, Roney Nemer e Aylton Gomes são acusados de envolvimento em esquema de corrupção

Aconteceu o esperado. A Câmara Legislativa do DF (CLDF) decidiu suspender os processos dos deputados distritais Roney Nemer e Aylton Gomes até decisão de segunda instância da Justiça, após reunião que durou três horas com a mesa diretora, nesta quinta-feira (15/8). Os deputados têm condenação em primeira instância, mas a mesa decidiu aceitar os pedidos de investigação. O processo do deputado Benedito Domingos segue para a Corregedoria.

Na reunião, o presidente da Câmara, Wasny de Roure (PT), explicou que os processos foram equiparados à lei da ficha limpa. Como os deputados tinham conseguido efeito suspensivo das decisões, a CLDF decidiu aguardar a nova decisão da justiça para analisar os casos. Caso o recurso caia, os processos vão automaticamente para a Corregedoria.

“Tentamos construir um posicionamento unânime e, diante das circunstâncias, esse foi o melhor acordo porque poderíamos perder o quórum da reunião e ficar sem respostas”, afirma Roure.

O único deputado que foi a favor de que processos seguissem para a Corregedoria mesmo sem a segunda decisão da Justiça foi o deputado distrital Israel Batista (PEN).

Benedito Domingos, Roney Nemer e Aylton Gomes são acusados de receber mesada em troca de apoio político ao então governo de José Roberto Arruda (sem partido). Aylton Gomes foi condenado pela Justiça local a pagar R$ 2,9 milhões em ação de improbidade administrativa. Rôney Nemer foi condenado a ressarcir os cofres públicos em R$ 2,1 milhões e Benedito Domingos foi condenado à devolução de R$ 28 milhões. Todos estão com os bens bloqueados.

Protestos

Manifestantes ocupam a CLDF desde terça-feira (13/8). Eles pedem a cassação dos deputados Rôney Nemer (PMDB), Aylton Gomes (PR) e Benedito Domingos (PP) condenados por envolvimento com o esquema de corrupção que ficou conhecido como Caixa de Pandora.
O grupo informou que vai ocupar o local até esta quinta-feira (15/8), e garante que o protesto é pacífico. Segundo os jovens, não existem líderes que os representem.


A manifestante Vanessa Dourado, 29 anos, afirma que o grupo ganhou mais apoio após a divulgação do protesto na imprensa. Entretanto, os novos manifestantes são impedidos de entrar no local. “Não faz sentido colocar uma placa falando que a Câmara é a casa do povo, e sermos barrados por seguranças na porta” disse.  Informações do Correio Braziliense.

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