Por
José Seabra - A demissão de Abimael Nunes da Secretaria de Publicidade do
Governo do Distrito Federal, foco de idas e vindas em Notibras ao
longo dos últimos oito dias, provocou um racha irreversível no PT de Brasília.
Tanto, que diferentes correntes do partido começam a se mobilizar para criar na
Câmara Legislativa a CPI dos Fakes. Diretamente interessada no assunto, a
oposição manifesta total apoio à iniciativa.
Se,
de um lado, o ainda obscuro episódio da saída de Abimael pode refletir e levar
à queda de outros assessores diretamente ligados a Agnelo Queiroz, de outro
provocou uma espécie de sentimento de ‘alma lavada’ em duas figuras que
costumavam ocupar o noticiário como lobos em pele de cordeiro.
Fica
claro que Cláudio Monteiro (secretário da Copa) e o publicitário Marcelo Lopes
de Oliveira, da agência Plá de Comunicação, não têm, como nunca tiveram,
nenhuma responsabilidade com a crise de imagem que atinge o Palácio do Buriti.
Os pais dos fakes gerados em bacanais palacianos (veja Periscópio), esses
sim, são os principais responsáveis pela Torre de Babel em que se transformou a
área de comunicação do Buriti.
Numa
tentativa de evitar uma desgastante Comissão Parlamentar de Inquérito, com
consequências imprevisíveis em um ano pré-eleitoral, Agnelo está propenso a
atender algumas das reivindicações de grupos contrariados com a saída de
Abimael Nunes. Entre elas, a extinção da Secretaria de Publicidade, antecipada
na semana passada por Notibras, entregando todo o comando da Comunicação
Social ao jornalista Ugo Braga, um calouro petista que soube vestir a camisa
com a cor do partido sem precisar de muitos ajustes.
Respeitada
essa ótica, o governador não deve deixar o agora demitido secretário de
Publicidade desempregado. Para Abimael Nunes estaria reservada a articulação
política não do governo, mas da pessoa do governador. A ele seria confiada toda
a estratégia de reeleição de Agnelo.
O
aproveitamento de Abimael na equipe palaciana agrada ao deputado Wasny de
Roure. Responsável pela indicação do secretário de Publicidade na ‘partilha de
cargos’ pós-eleição, o presidente da Câmara demonstraria reciprocidade ao
Palácio do Buriti, tentando, na condição de comandante do Legislativo, sepultar
o sonho da CPI que hoje une governistas e oposicionistas.
Confirmada
a permanência do ex-secretário de Publicidade na equipe, embora em outro cargo,
caberia a Abimael uma nova tarefa: articular politicamente (inclusive como
responsável por essa área no governo) a ida de Wasny para o Tribunal de Contas
do Distrito Federal. Herdeiro do caos que reina no Buriti, Ugo Braga,
agradecido, também entraria nessa trincheira em defesa de Wasny, atuando, ao
mesmo tempo, como bombeiro para apagar a ideia de investigação dos fantasmas
das redes sociais.
Fonte:
Notibras Via Blog DoCafezinho
Comentários
Postar um comentário
1 – Para comentar no Blog Politica&Policiadf você poderá informar, além do seu nome completo, um apelido que poderá usar para escrever comentários.
2 – Serão eliminados do Blog Politica&Policiadf os comentários que:
a - Configurem qualquer tipo de crime de acordo com as leis do país;
b - Contenham insultos, agressões, ofensas e baixarias;
c - Reúnam informações (e-mail, endereço, telefone e outras) de natureza nitidamente pessoais do próprio ou de terceiros;
d - Contenham qualquer tipo de material publicitário ou de merchandising, pessoal ou em benefício de terceiros.
e – Configurem qualquer tipo de cyberbulling.
3 – A publicação de comentários será permanentemente bloqueada aos usuários que:
a - Insistirem no envio de comentários com insultos, agressões, ofensas e baixarias;
Avisos:
1 – No Blog Politica&Policiadf , respeitadas as regras, é livre o debate dos assuntos aqui postados. Pede-se, apenas, que o espaço dos comentários não sirva para bate-papo sobre assuntos de caráter pessoal ou estranhos ao blog;
2 – Ao postarem suas mensagens, os comentaristas autorizam o titular do blog a reproduzi-los em qualquer outro meio de comunicação, dando os créditos devidos ao autor;
3 – A tentativa de clonar nomes e apelidos de outros usuários para emitir opiniões em nome de terceiros configura crime de falsidade ideológica.