PGR suspeita de tráfico de influência quando
governador dirigia Anvisa.
Deputado Fábio Ramalho também será investigado;
ambos negam crime.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís
Roberto Barroso autorizou abertura de inquérito para apurar se o governador do
Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), e o deputado federal Fábio Ramalho
(PV-MG) praticaram crimes contra a administração pública. A decisão que
determina a apuração é do começo de agosto e foi publicada nesta sexta-feira
(30).
A defesa do governador afirmou que trata-se de uma
investigação preliminar e que Agnelo está 'tranquilo' porque não cometeu
irregularidades.
Segundo a Procuradoria Geral da República (PGR), há
indícios de que o governador recebeu pagamentos para beneficiar uma indústria
farmacêutica de Minas Gerais entre 2007 e 2010, quando era dirigente da Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), antes de ser eleito. Fábio Ramalho,
de acordo com a PGR, teria atuado em favor da empresa na Anvisa. ...
O pedido de abertura de inquérito foi enviado ao
Supremo pelo então procurador-geral da República, Roberto Gurgel, no fim de
julho.
O caso era investigado em procedimento interno na
PGR e só chegou ao Supremo em razão do foro privilegiado do parlamentar. Como
governador, Agnelo tem foro no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Fui colocado na vala comum. Eu tenho nome limpo
[...]. Não fiz nada fora da normalidade. Não cometi nenhum ilícito."
Deputado Fábio Ramalho (PV-MG)
A defesa do governador afirmou que trata-se de uma
investigação preliminar e que Agnelo está "tranquilo" porque não
cometeu irregularidades.
O deputado federal Fábio Ramalho (PV-MG) disse que
tem o "nome limpo". "No fim do mandato, o PGR fez carnaval com
todo mundo. Fui colocado na vala comum. Eu tenho nome limpo. Sempre trabalhei
por Minas."
Ele afirma que ajudou empresas a conseguirem
audiências, mas "nada fora da normalidade". "Não fiz nada fora
da normalidade. Não cometi nenhum ilícito."
A suposta irregularidade foi descoberta pela
Polícia Federal em razão de escutas telefônicas da Operação Panaceia, que
investigou a venda ilegal de medicamentos pela internet.
"Presentes elementos indiciários mínimos da
ocorrência do fato [...] por pessoa com foro por prerrogativa de função perante
esta Corte, determino o prosseguimento do inquérito", disse o ministro
Luís Roberto Barroso ao autorizar a apuração.
Fonte: Débora Santos e Mariana Oliveira/ TV
Globo e do G1, em Brasília - 30/08/2013
Comentários
Postar um comentário
1 – Para comentar no Blog Politica&Policiadf você poderá informar, além do seu nome completo, um apelido que poderá usar para escrever comentários.
2 – Serão eliminados do Blog Politica&Policiadf os comentários que:
a - Configurem qualquer tipo de crime de acordo com as leis do país;
b - Contenham insultos, agressões, ofensas e baixarias;
c - Reúnam informações (e-mail, endereço, telefone e outras) de natureza nitidamente pessoais do próprio ou de terceiros;
d - Contenham qualquer tipo de material publicitário ou de merchandising, pessoal ou em benefício de terceiros.
e – Configurem qualquer tipo de cyberbulling.
3 – A publicação de comentários será permanentemente bloqueada aos usuários que:
a - Insistirem no envio de comentários com insultos, agressões, ofensas e baixarias;
Avisos:
1 – No Blog Politica&Policiadf , respeitadas as regras, é livre o debate dos assuntos aqui postados. Pede-se, apenas, que o espaço dos comentários não sirva para bate-papo sobre assuntos de caráter pessoal ou estranhos ao blog;
2 – Ao postarem suas mensagens, os comentaristas autorizam o titular do blog a reproduzi-los em qualquer outro meio de comunicação, dando os créditos devidos ao autor;
3 – A tentativa de clonar nomes e apelidos de outros usuários para emitir opiniões em nome de terceiros configura crime de falsidade ideológica.