Apontado como um dos
possíveis destinos dos condenados no mensalão, complexo no Setor de Indústria e
Abastecimento passa por reforma e terá cubículos diferenciados para políticos e
pessoas notórias, com cama móvel, fiação para tevê e piso de cerâmica
A
Secretaria de Segurança Pública do DF se prepara para a eventualidade de
receber em regime semiaberto condenados no processo do mensalão. Reforma e
ampliação no Centro de Progressão Penitenciária (CPP), no Setor de Indústria e
Abastecimento de Brasília (SIA), inclui a adaptação de salas para internos com
notoriedade que devem ser separados dos demais por questão de segurança. São
ambientes destinados a detentos com alto poder econômico, político ou
conhecidos na sociedade. Por causa do perfil, são considerados no sistema
penitenciário alvos de rebeliões, extorsões ou outro tipo de exploração por
condenados perigosos.
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Reforma no Centro de
Detenção Provisória (CPP), especializado em receber detentos do regime
semiaberto, ampliará a capacidade da unidade em 600 presos |
O
subsecretário do Sistema Penitenciário do DF, delegado da Polícia Civil Cláudio
de Moura Magalhães, explica que a iniciativa está incluída na ampliação do CPP
para mais 600 vagas, atendendo uma demanda de internos que já progrediram do
regime fechado para o semiaberto e estão hoje alojados inadequadamente no
Centro de Internamento e Reeducação (CIR), no Complexo da Papuda. Uma ala
separada do galpão onde dormem os internos do regime semiaberto será adaptada.
Estes passam a noite em beliches ou treliches lado a lado.
Como no caso do deputado federal Natan Donadon (sem partido-RO), que está
isolado dos demais presos numa cela no Pavilhão de Segurança Máxima (PSM),
outros parlamentares que venham a cumprir pena no DF não serão misturados aos
demais presidiários. “Não é uma regalia. É uma questão de segurança, de
necessidade no sistema penitenciário”, ressalta Magalhães. “Quem tem notoriedade
fica vulnerável e precisa ser separado da massa, sob pena de ser vítima de
extorsão, por exemplo”, explica.
O subsecretário diz que esses internos não terão privilégios em relação aos
demais. Ao deixar o complexo da Papuda para defender a sua absolvição no
plenário da Câmara dos Deputados na semana passada, Donadon reclamou da comida
e da falta de água para tomar banho. Segundo Magalhães, todos que cumprem pena
no DF têm o mesmo tratamento: banho frio e refeições sem tempero ou gordura. “A
alimentação pode não ser tão saborosa como em restaurantes de Brasília, mas
posso garantir que as refeições são saudáveis para todos”, acrescenta. O
subsecretário afirma ainda que gostaria de providenciar banho quente para todos
os detentos, mas essa medida representa risco pelo acesso dos presos à fiação
elétrica. A água do banho sai por um cano, sem chuveiro.
Fonte:
Correio Braziliense
Publicação: 02/09/2013
06:54 Atualização: 02/09/2013 08:23
Fico imaginando o que os Estado teria que fazer para atender as especificidades de cada detento que fosse condenado e ingresso no sistema prisional. Ora, essas pessoas, com esclarecimento acima da média,tinham a exata noção do que os esperaria em caso de serem pegos e condenados por suas ações contrarias à norma, preso é preso e a CF de 88 proíbe tratamentos diferenciados. Quero saber quem limpará as celas, lavará banheiros, etc. Essa história vai longe, acho que a prisão dessas pestes sairá mais caro ao país do que deixá-los soltos.
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