A entrada da ex-ministra Marina Silva no PSB
jogou o PDT de volta à aliança com a presidente Dilma Rousseff para a disputa
presidencial.
O partido tendia a sair do governo para
marchar com a candidatura de Eduardo Campos, mas decidiu recuar depois da
adesão de Marina à aliança do governador de Pernambuco. "Tínhamos muita
simpatia pela candidatura de Campos. Mas ele deu um passo atrás ao receber a
Marina", disse o líder do PDT na Câmara, André Figueiredo (CE). ...
Para ele, Marina Silva afugenta candidatos a
aliados de Campos no futuro. "A Marina não tem nenhuma proximidade com os
ideais da esquerda. Além de tudo, ela é muito desinformada sobre o que acontece
no Brasil", afirmou o líder.
Desde que aderiu a Campos, Marina tem feito
críticas ao PDT. Parlamentares ligados a Marina, como Walter Feldman (PSB-SP),
também fazem as mesmas críticas, principalmente em relação à forma como o PDT
conduz o Ministério do Trabalho, "como se fosse um feudo". O DEM, que
estava se aproximando de Campos, também desistiu de compor com o governados
depois que Marina se filiou ao PSB.
A Executiva nacional do PDT fará reunião com
todos os dirigentes estaduais do partido no dia 31. A intenção é analisar a
conjuntura partidária depois do surgimento do Solidariedade e do PROS, partidos
que tiraram parlamentares da legenda, e das ofertas feitas pela presidente
Dilma Rousseff para que os trabalhistas permaneçam no governo e na aliança que
vai trabalhar pela reeleição dela. A reunião não será deliberativa.
Antes da adesão de Marina Silva a Eduardo
Campos, os senadores Cristovam Buarque (DF) e Pedro Taques (MT) vinham
trabalhando para que o PDT saísse do governo. A proposta tinha simpatia tanto
dos diretórios estaduais quanto de parte do nacional. Para tentar neutralizar
esse movimento, Dilma acionou o prefeito de Porto Alegre, José Fortunatti,
pedindo que atuasse em sentido contrário. Fortunatti é aliado de Dilma.
"Eu tenho coerência. Nunca os prefeitos,
de todos os partidos, tiveram um tratamento tão igualitário quanto agora",
disse Fortunatti ao defender a permanência do PDT no governo Dilma e na aliança
que vai tentar a reeleição da presidente. "Não posso ser contraditório.
Para os prefeitos a reeleição da presidente é a melhor coisa que pode
acontecer", afirmou ele.
Fonte: Agencia Estado-ClicaBrasilia - 27/10/2013 e foto internet
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