Na Varanda Musical: Reguffe quer ser a cereja do bolo, a mosca na sopa ou a noiva disputada. Mas quem paga o preço?

Hoje ao som da canção “Palavras ao vento”, interpretada por Cássia Eller vamos rever um acontecimento envolvendo dois parlamentares aqui do DF. O encontro foi registrado em fotografia.



A foto foi publicada no blog Grande Angular que é assinado pela jornalista Lilian Tahan da revista Veja Brasília. Nela aparecem juntos os deputados Antônio Reguffe e Liliane Roriz, obtida no gabinete do deputado federal Reguffe (PDT), que recebeu a distrital Liliane (PRTB), a filha de Joaquim Roriz, para uma visita de cortesia. ...

Segundo a coluna, o encontro durou quase duas horas, os dois conversaram bastante. Família, plano urbanístico de Brasília, governo e claro, política.

Reguffe se diz candidato ao Buriti. Liliane, é candidata a reeleição.

Ao ser perguntado pela jornalista, se havia chance da foto virar banner de campanha em 2014, José Reguffe respondeu: “Foi apenas uma visita de cortesia dela. Eu quero uma coisa diferente para essa cidade. Respeito o projeto tanto do PT, quanto do Roriz, mas o meu é outro. Eu luto por algo diferente.” Diante da resposta do parlamentar, ficou a impressão para quem leu a nota, de que Liliane teria ido ao gabinete de Reguffe sem ser convidada, e como dizemos lá no Nordeste: foi de enxerida.

Liliane Roriz: “Quero o bem da minha cidade e ele também. Não vejo nenhum problema de tirar outras fotos com Reguffe no futuro. Temos o mesmo objetivo, o de tirar o DF desse caos e aí nossas divergências passam a ser muito pequenas.”

Reguffe foi deselegante, o que normalmente não o é. Estranhei o argumento do parlamentar à jornalista Lilian Tahan, da Veja Brasília.

Na sexta feira, depois de muito refletir,  publiquei meu ponto de vista sobre o motivo daquele encontro. Reafirmo que não conversei com Liliane, tampouco com Reguffe, que fique claro. Minha desconfiança deu-se apenas um motivo: por qual razão a herdeira do rorizismo faria uma "visita de cortesia" a um parlamentar neófito na política, e que, apesar de figurar nas pesquisas de intenção de votos ao Buriti, nem ele mesmo sabe se irá concorrer? E segundo ele, ir contra os próprios valores quando o assunto é financiamento de uma campanha majoritária?

Volto a afirmar, quem conhece, e até quem não conhece Liliane Roriz sabe que a distrital raras vezes chega em algum lugar sem o devido convite. A filha mais nova de Roriz apenas poderia ter atendido a um convite do federal.

Para mim ficou claro, a nítida indelicadeza do pretenso candidato, que não se sabe a que cargo, mas que conseguiu transformar uma visita numa bela "descortesia".

O que teme, ou quer esconder o deputado Reguffe ao tentar dissimular que partiu dele o convite que originou a visita da distrital ao seu gabinete?

Para mim a história estaria encerrada. Ledo engano meu.

As 15:17 de sábado (26) o parlamentar, de seu telefone particular me ligou informando que havia me enviado um e-mail, o que confirmou a minha desconfiança sobre  a sua resposta dada à jornalista Lilian Tahan.

Partiu dele o convite para que Liliane o visitasse. Bem diferente das palavras que deu à jornalista e que foram divulgadas pela revista.

Abaixo o e-mail de Reguffe.

Data: Sáb 26/10/13 14:57

" Prezado Edson,
Com relação à visita da deputada Liliane ao meu gabinete, diante de tantas informações desencontradas, me sinto no dever de fazer alguns esclarecimentos:
1) a mesma foi apenas uma visita de cortesia da parlamentar, a meu convite, ao meu gabinete;
2) não se discutiu eleições, muito menos composições;
3) não é porque temos divergências de pensamento e de visão que não podemos conversar civilizadamente e educadamente, como foi a conversa.
Um abraço forte,
Reguffe"

Naquele momento, confirmada a desconfiança, resolvi então pesquisar, investigar e colher informações.

Cheguei à conclusão de que José Reguffe só nos enviou o e-mail confirmando as nossas suposições sobre o motivo do encontro com Liliane Roriz, por saber com antecedência, que seria desmentido pela distrital na Coluna Eixo Capital, assinada pelas jornalistas Ana Maria Campos e Helena Mader no jornal Correio Brasiliense na edição de ontem (28).

Leia abaixo o trecho da entrevista da distrital quando questionada.

"Esta semana, circulou pela internet uma foto sua ao lado do deputado Reguffe (PDT). A que se deveu o encontro?

É bom deixar isso bem claro. Fui tomar um café lá no gabinete dele a convite do próprio Reguffe. Na semana passada, fiz um pronunciamento duro com relação ao PPCUB e ele me parabenizou por meu discurso, pela minha postura e, na ocasião, me chamou para visitar o gabinete dele. Conversamos muito sobre o PPCUB, sobre política, família, e sobre o contexto da cidade, foi uma conversa muito boa, tanto ele quanto eu queremos o bem da cidade." Encerrou a distrital.

Para mim pelo menos, no episódio uma coisa ficou bem clara.

Antônio Reguffe, deveria parar para pensar, refletir, e ao final de suas ponderações ter a consciência de que o povo do Distrito Federal, quando o elegeu deputado federal, o fez por que confiou em suas palavras. Mas se suas palavras começam ser desmentidas por ele mesmo? Como se poderá confiar? Pelo menos uma dúvida pairará: será Reguffe mais um engodo na política do DF?

Ou será que serão só “Palavras ao Vento”, antecipando o Xô Satanás?

Fonte: Redação - Edson Sombra com informações de Lilian Tahan - Blog Grande Angular - Veja Brasília - Correio Braziliense - 28/10/2013

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