Petistas
avaliam que a chapa definida com Arruda representa uma política superada no
Distrito Federal. Especialistas avaliam, no entanto, que o ex-governador tem
potencial para transferir votos à filha
Adversários
da chapa formada esta semana com a aliança entre Joaquim Roriz (PRTB) e José
Roberto Arruda (PR), petistas criticaram a união dos dois ex-governadores. Em
cerimônia no Palácio do Planalto, o governador Agnelo Queiroz (PT) disse que
Arruda e Roriz, representado pela filha, a deputada distrital Liliane Roriz
(PRTB) “fazem parte do passado de Brasília” e “significam página virada para o
Distrito Federal”. “A população não cairá nessa novamente”, afirmou.
O deputado Chico Vigilante (PT) minimizou o suposto poder de transferência de votos de Roriz. “No Brasil, só dois políticos conseguiram passar seu eleitorado para um escolhido. Ocorreu com Leonel Brizola (PDT), que transferiu para Lula em 1989 na eleição presidencial, e o próprio Lula, que ajudou a eleger a presidente Dilma Rousseff”, avalia Vigilante. Para ele, a performance de dona Weslian Roriz (PSC), neófita na política que entrou na campanha em substituição ao marido, Joaquim Roriz, e levou a eleição para o segundo turno em 2010, tem uma explicação em parte da rejeição do PT. “No DF, o PT tem 30% de rejeição do eleitorado. Esses votos sempre serão distribuídos entre candidatos da oposição”, analisa.
O lançamento da chapa composta por Arruda e Liliane para o governo pode representar o fim da carreira de Joaquim Roriz. Ele abriu mão de entrar na disputa e indicou a filha caçula. Em 2018, Roriz terá 81 anos e continuará inelegível pela Lei da Ficha Limpa. Especialistas acreditam que o ex-governador terá influência na política brasiliense, ainda que não se candidate.
Em 2013, Roriz anunciou que disputaria ao governo. Fez aliança com Arruda, sob o pretexto de que o mais bem colocado nas pesquisas apoiaria o outro na cabeça de chapa. Mas rapidamente surgiram especulações de que o ex-governador estava apenas se cacifando para depois indicar um sucessor. O nome da deputada distrital Liliane Roriz, que está no fim do primeiro mandato, surgiu como opção.
Fonte:
Helena Mader - Correio Braziliense
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