Eleições: Arruda lidera disputa. DF terá dois turnos. Reguffe tem 33% das intenções

Arruda lidera todas as pesquisas
Levantamento do instituto MDA Pesquisa, em parceria com o Correio, indica que o candidato do PR aparece com 32,8%, e venceria corrida ao Buriti. Agnelo está em segundo, seguido por Rollemberg.
Rollemberg se destaca na faixa dos 35 a 44 anos. Candidato do PR tem 21,3% na pesquisa espontânea. O atual governador está em segundo na disputa à reeleição. Perci Marrara apresenta picos na faixa acima de 60 anos. Toninho do PSol sobe o desempenho entre quem é formado. Pitiman possui boa aceitação na região sul do DF...

O ex-governador José Roberto Arruda (PR) lidera as intenções de voto para o Palácio do Buriti, tanto na pesquisa estimulada (32,8%) como na espontânea (21,3%), quando o entrevistado apresenta a sua preferência sem consulta a uma lista com os nomes dos candidatos. Arruda  é seguido pelo atual governador Agnelo Queiroz (PT) — com 18,3% na estimulada e 12,5% na espontânea — e pelo senador Rodrigo Rollemberg (PSB) — com 11,9% e 5,6%, respectivamente. É o que mostra o primeiro levantamento realizado sobre as eleições deste ano pelo instituto MDA Pesquisa, em parceria com o Correio Braziliense. Na estimulada, Toninho do PSol, surge com 5,6%. O deputado federal Luiz Pitiman (PSDB), com 4,5%, e a jornalista Perci Marrara, com 0,3%, fecham a  lista. Um total de 6,9% não souberam ou não responderam, e 19,8% votariam em branco ou nulo (confira gráfico acima).

Arruda também sairia vencedor em qualquer uma das simulações para o segundo turno, seja contra Agnelo ou contra Rollemberg. A pesquisa ainda ouviu eleitores sobre as intenções para o Senado. José Antônio Reguffe (PDT) lidera com folga (leia mais na página 20). 

Os pesquisadores também ouviram as intenções dos entrevistados quanto à segunda opção de voto. Rollemberg foi o preferido, com 13,9%. Abaixo dele vem Toninho do PSol, com 8%. Arruda tem 6,9%; Pitiman, 6,2%; e Agnelo aparece com 6,1%. Perci é a segunda alternativa de 0,8% dos pesquisados. Nesse aspecto, 47% preferem votar em branco ou nulo e 11,1% não souberam ou não responderam.

O candidato do PR tem preferência maior entre o eleitorado com menor escolaridade, até o 4º ano (49%). Agnelo tem melhor desempenho na faixa de ensino logo acima, do 5º ao 9º anos (21,5%). Rollemberg (21,7%), Toninho (7%) e Pitiman (4,8% — mesmo número atingido por ele no ensino médio) aparecem melhor entre os que têm nível superior. Perci (0,5%) possui uma melhor presença na faixa do ensino médio. Arruda surge com boa presença entre os que ganham até dois salários mínimos (41%), mesma situação de Perci (0,5%). Por outro lado, Rollemberg (21,7%), Toninho (7,2%) e Pitiman (5,5%) se destacam na faixa acima dos cinco salários. Agnelo vai bem com quem tem de renda entre dois e cinco salários (20,2%).

No quesito gênero, Arruda aparece com melhor presença entre os eleitores do sexo masculino (35,3%), ocorrendo o mesmo com Rollemberg (14,1%), Toninho do PSol (6%) e  Pitiman (5%). Já Agnelo tem um melhor desempenho no eleitorado feminino (18,7%), assim como Perci (0,4%). Com relação à faixa etária, Arruda (37,2%) e Pitiman (6,1%)são preferidos entre os entrevistados mais jovens (16 a 24 anos).  Agnelo se dá melhor com cidadãos entre 45 e 59 anos (22,3%), e Rollemberg tem um bom desempenho na faixa dos 35 a 44 anos (14,1%). Toninho tem números destacados na faixa dos 25 a 34 anos (7,6%). Perci possui maior preferência acima dos 60 anos (0,6%).

Regionalmente, Arruda é o mais querido no eixo definido pela pesquisa como leste (38,3% em Paranoá, Sobradinho 1 e 2, Fercal, Itapoã, Planaltina, São Sebastião, Jardim Botânico e Varjão). Agnelo (23,7%), Pitiman (6,8%) e Perci (0,5%) vão melhor no sul (Gama, Recanto das Emas, Santa Maria, Núcleo Bandeirante e Park Way). Já Rollemberg (22,7%) e Toninho (7,9%) têm melhor desempenho na área central (Lago Norte, Lago Sul, Asa Norte, Asa Sul, Sudoeste/Octogonal e Cruzeiro).

Segundo turno

Além de estar à frente na disputa na qual aparecem todos os candidatos, Arruda também venceria qualquer um dos adversários no segundo turno. O ex-governador bateria Agnelo por 47,2% a 27%. Já a vitória sobre Rollemberg seria por 45,1% a 31,6%. Apesar de superar Rollemberg no primeiro turno, a pesquisa indica que Agnelo perderia se enfrentasse o ex-aliado em um possível segundo turno. O candidato do PSB teria 44% contra 28,7% do petista.

A pesquisa foi registrada em Brasília na Justiça Eleitoral, com o número DF-00025/2014. O levantamento foi feito com 1.501 eleitores, ouvidos de 3 a 7 de agosto deste ano. As entrevistas foram feitas em 30 regiões administrativas, conforme a densidade populacional. 

O grau de confiabilidade é de 95%, com margem de erro de 2,5 pontos percentuais, para mais ou para menos. As informações foram coletadas de forma eletrônica com uso de tablets, a partir de entrevistas pessoais, domiciliares e em pontos de fluxo.

Reguffe tem 33% das intenções

Levantamento do instituto MDA e do Correio coloca o candidato do PDT com mais intenções de votos, 15% acima do segundo colocado, o petista Geraldo Magela. Mais três pesquisas estão programadas.

Por ALMIRO MARCOS, Correio Braziliense
 
Reguffe chega perto de alcançar 50% entre os eleitores que possuem nível superior

Mais votado na disputa de 2010 e proporcionalmente o campeão de votos no Brasil, o deputado federal Luiz Antônio Reguffe (PDT) é o preferido do eleitorado brasiliense na disputa ao Senado nas eleições deste ano. Conforme o primeiro levantamento eleitoral feito pelo instituto MDA Pesquisa, em parceria com o Correio Braziliense, ele alcança 33% na pesquisa estimulada (quando os nomes são apresentados em uma cartela de opções) e 11,8% na espontânea (quando o eleitor responde deliberadamente o nome do seu preferido). O parlamentar é seguido pelo deputado federal Geraldo Magela, do PT (18,1% na estimulada e 6,3% na espontânea), pelo senador Gim Argello (13% e 4,5%, respectivamente) e Sandra Quezado, do PSDB (3,1% e 0,9%).

Os demais candidatos na pesquisa estimulada foram Aldemário Castro (Psol), Robson Raymundo (PSTU) — ambos com 0,7%, cada um —, Expedito Mendonça (PCO) e Jamil Magari (PCB) — com 0,5%, cada um. Dos entrevistados, 10,6% não souberam ou não responderam, enquanto 19,9% votariam em branco/nulo ou não escolheria nenhum dos candidatos citados (Confira quadro).

Magela sobe em Santa Maria, Gama, Recanto das Emas, Núcleo Bandeirante e Park Way

No detalhamento dos dados, quanto ao gênero dos pesquisados, Reguffe tem maior presença entre os entrevistados do sexo masculino (36%), assim como Magela (19,6%), Gim (13,5%), Aldemário, Robson e Expedito (cada um deles com 0,9%). Por outro lado, Sandra (3,5%) e Jamil (0,7%) alcançam melhor desempenho entre as mulheres. Os mais jovens, na faixa entre os 16 e 24 anos, preferem Magela (24,1%), Sandra (8%), Aldemário (1,9%), Jamil (1,1%) Robson e Expedito (cada um com 0,8%). Reguffe se destaca na faixa dos 35 aos 44 anos (38,5%), enquanto Gim é bem recebido entre aqueles com mais de 60 anos (16,6%).

No quesito grau de escolaridade, Reguffe é o preferido dos que têm nível superior (49,3%). Sandra e Aldemário também possuem boa representatividade nessa faixa (respectivamente 3,9% e 1,1%). Magela e Gim alcançam as melhores participações do 5º ao 9º anos (21,1% e 16,9%). Jamil (1%) e Expedito (0,8%) atigem boas proporções no ensino médio. Robson (1,3%) aparece melhor com quem tem até a 4º ano.
Reguffe é também o mais lembrado pelos que ganham acima de cinco salários mínimos (50,6%). Sandra também tem sua melhor participação nesse nível (5%). Do outro lado da tabela, Magela (23,1%), Gim (16,4%), Aldemário, Robson e Jamil (1%) vão bem com quem ganha, no máximo, dois salários. Expedito, por sua vez, aparece destacado na faixa de 2 a 5 salários (1%).

Regionalmente, Reguffe (48,8%), Aldemário (2,5%) e Jamil (1,5%) se desenvolvem mais na área central (Lago Norte, Lago Sul, Asa Norte, Asa Sul, Sudoeste/Octogonal e Cruzeiro). Magela (25,6%), Gim (20,1%), Sandra (5,9%) e Robson (1,4%) concentram os melhores desempenhos na região sul (Gama, Recanto das Emas, Santa Maria, Núcleo Bandeirante e Park Way). Expedito (1,3%) teve a participação mais destacada na região de Ceilândia (que inclui ainda Brazlândia e Samambaia).

Rodadas
A parceria entre o Correio e o instituto MDA prevê mais três rodadas de pesquisas até as vésperas do primeiro turno, que ocorrem em 5 de outubro. Serão coletadas informações de intenções de votos nas disputas para o governo e Senado, além da Presidência. Nesta primeira etapa, foram ouvidas 1.501 pessoas em 30 cidades do DF. As características dos entrevistados mostram que a maioria é mulher (54,5%), têm entre 25 e 34 anos (25,3%), possui renda familiar entre R$ 1.448,01 e R$ 3.620 (47,6%) e cursa ou concluiu o ensino médio (41,6%).

O que diz a lei
Segundo disciplinamento da resolução de número 23.400, de 17 de dezembro de 2013, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), órgãos, entidades e empresas que quiseram fazer pesquisas de opinião público em relação ao pleito de 5 de outubro devem registrar cada um dos levantamentos na Justiça Eleitoral, a partir de 1º de janeiro deste ano até cinco dias antes da divulgação do resultado. As pesquisas podem ser para conhecimento público ou para consumo interno da candidatura. O registro do levantamento é feito, obrigatoriamente, por meio do Sistema de Registro de Pesquisas Eleitorais (no site do TSE), independentemente do horário de funcionamento das secretarias dos tribunais eleitorais. As informações e os dados registrados no sistema ficarão à disposição de qualquer interessado pelo prazo de 30 dias. Os artigos 33, 34, 35 e 96, da Lei nº 9.504/1997, e as resoluções números 23.400 e 23.398, do TSE, disciplinam, respectivamente, as eleições de 2014, o registro das pesquisas e o processamento das representações, reclamações e dos pedidos de direito de resposta. Na divulgação dos resultados de pesquisas, atuais ou não, devem ser informados: o período de realização da coleta de dados; a margem de erro; o nível de confiança; o número de entrevistas; o nome da entidade ou empresa que a realizou e, se for o caso, de quem a contratou; o número de registro da pesquisa. O TSE afirma que não faz qualquer controle prévio sobre o resultado das pesquisas, assim como não gerencia ou cuida da divulgação dos levantamentos. O tribunal atua conforme provocada por meio de representação.


Fonte: Por ALMIRO MARCOS, Correio Braziliense 

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