Reproduzimos artigo de
general que pede apoio civil a uma intervenção militar. Trata-se de clara
incitação ao golpe, um ataque frontal à Democracia:
“Não basta pedir uma atitude
dos militares, é preciso que os civis esclarecidos e convencidos do perigo ostentem
massivamente suas posições e opiniões e que contribuam para magnetizar a agulha
que definirá o novo rumo a ser tomado”.
Cinquenta anos depois, a pregação autoritária se espalha pelas redes sociais. E não são apenas generais que defendem o golpe. É preciso reagir. (Rodrigo Vianna)
Na causa da democracia, quem está dispensado?
Cinquenta anos depois, a pregação autoritária se espalha pelas redes sociais. E não são apenas generais que defendem o golpe. É preciso reagir. (Rodrigo Vianna)
Na causa da democracia, quem está dispensado?
Por
general de brigada Paulo Chagas, na página da Revista
Sociedade Militar
A debacle da Suprema Corte, desmoralizada por arranjos tortuosos que transformaram criminosos em vítimas da própria Justiça, compromete a crença dos brasileiros nas instituições republicanas e se soma às muitas razões que fazem com que, com frequência e veemência cada vez maior, os Generais sejam instados a intervir na vida nacional para dar outro rumo ao movimento que, cristalinamente, está comprometendo o futuro do Brasil.
A debacle da Suprema Corte, desmoralizada por arranjos tortuosos que transformaram criminosos em vítimas da própria Justiça, compromete a crença dos brasileiros nas instituições republicanas e se soma às muitas razões que fazem com que, com frequência e veemência cada vez maior, os Generais sejam instados a intervir na vida nacional para dar outro rumo ao movimento que, cristalinamente, está comprometendo o futuro do Brasil.
Os militares em reserva se
têm somado aos civis que enxergam em uma atitude das Forças Armadas a tábua da
salvação para a Pátria ameaçada, quando não são eles próprios os alvos do
clamor daqueles que já identificam nas imagens dramáticas da capital
venezuelana a cor fúnebre do nosso destino.
Ao exercerem seu direito
legal de opinar e criticar, os militares da reserva diferem entre si na forma,
na intensidade e na oportunidade de uma eventual intervenção militar que venha
a dissuadir as pretensões mais ousadas dos dissimulados adeptos da versão
“bolivariana” do comunismo de sempre, todavia, são coincidentes e uníssonos no
rebatimento de acusações mentirosas que, divulgadas de forma criminosa, visam a
criar na sociedade o receio de ter os militares como fiadores da democracia.
Entre os civis esclarecidos
é fácil perceber a confiança no discernimento e no patriotismo dos soldados.
Todos querem que os Generais “façam alguma coisa”, mas ainda são poucos os que
se dispõem a fazer o que está ao seu alcance. Poucos são os que adotam atitudes
concretas e manifestam-se pública, individual e coletivamente, em defesa dos
governos militares, escrevendo para os jornais ou protestando contra a
hipocrisia e as más intensões das “comissões da verdade”.
No momento atual, a causa da
democracia não dispensa o concurso de ninguém. Seria portanto uma importante
contribuição se todos os civis que têm as Forças Armadas como última razão da
liberdade e a garantia dos fundamentos constitucionais pusessem suas opiniões a
público, em artigos, manifestações, textos, “cartas do leitor” e outros
recursos do gênero e não apenas em comentários restritos à leitura dos poucos
profissionais da mídia que ainda ousam remar contra a correnteza ou dos
escribas de mídias sociais que, mesmo comprometidos com a causa, têm apenas seu
limitado e débil sopro para tentar enfunar as velas da embarcação.
A opinião pública está
dispersa, contudo não é difícil identificar o que rejeita. Também não é fácil
definir com quem está e o que quer. Falta-lhe um “norte confiável”. As pessoas
de bem, informadas, estão com medo do futuro, acuadas até para reagir e para
manifestarem-se pacificamente. Não basta, portanto, pedir uma atitude dos
militares, é preciso que os civis esclarecidos e convencidos do perigo ostentem
massivamente suas posições e opiniões e que contribuam para magnetizar a agulha
que definirá o novo rumo a ser tomado.
As “Marchas da Família com
Deus Pela Liberdade”, programadas para o mês que se inicia, são um bom começo
para esta soma de esforços e para reafirmar o que, há cinquenta anos, fez com
que o Brasil fosse visto e admirado como a “Nação que salvou a si própria”!
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