Novo Agnelo ou Agnelo de novo

A frase não é deste colunista, mas foi o ponto alto do debate na Band, verbalizada pelo candidato Frejat em alto e bom tom.

Rollemberg posou de governador e encheu o público de promessas, muitas das quais sabe que não vai cumprir, num enredo piorado das promessas de Agnelo em 2010, quando então andavam juntos e misturados.

Frejat por sua vez abdicou um pouco das propostas, a grande maioria já apresentadas no primeiro turno. Nitidamente buscou provar, e conseguiu, que Rollemberg é tão responsável pelo caos nosso de cada dia quanto Agnelo. E que ele Rollemberg é o não vale a pena ver de novo da política no DF.

Rollemberg tenta fazer esquecer seu passado construído com o PT que agora renega. Com um sorriso no canto dos lábios quase cantando vitória, se esquece das agruras da população no governo do qual foi e é avalista. Ter saltado do barco não o isenta de responsabilidade.

Quem guardou os debates de 2010 pode comprovar que Agnelo é copiado por Rollemberg. A diferença é que Frejat tem mais preparo e experiência política do que a adversária de 4 anos atrás. Estranho mesmo foi a adesão repentina de Rollemberg ao projeto tucano de Aécio, do qual nunca foi aliado, com nítidas intenções oportunistas. 

Cospe no prato do PT que comeu com Lula, Dilma e Agnelo, só para tentar vencer as eleições. Ao mesmo tempo que perde a dignidade. Embate político passa e até se respeita, mas a traição jamais será esquecida e pode ficar guardada para ser respondida nas urnas, por aqueles que traiu.

Enquanto Frejat decanta e se orgulha do seu passado na vida pública, Rollemberg tenta esquecê-lo e apagá-lo da memória de todos. Afinal seu passado o condena e seus adversários estão atentos para reavivar a memória de todos até o próximo dia 26.

A eleição ainda não está ganha. Não dá pra sorrir quando o povo ainda sofre.


Fonte: Coluna A Voz da verdade – Por Celso Bianchi

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