Agnelo foge de Brasília para não passar a faixa a Rollemberg

Além disso, a população do DF deverá rever um filme velho. E triste.

O governador derrotado do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, decidiu não comparecer ao palácio do Buriti no dia 1º de janeiro para a cerimônia de transmissão do cargo ao governador eleito Rodrigo Rollemberg.
O vice-governador Tadeu Filipelle (PMDB) ou o secretário de Administração Pública, Wilmar Lacerda, estariam escalados para receber o novo governador e passar a faixa governamental simbologia do cargo. Segundo informações da Casa Civil, o governador Agnelo estaria com passaporte tirado para uma viaje de descanso aos Estados Unidos com a família antes do réveillon.


Esse filme é velho

Vale lembrar que o discurso a ser feito por Rollemberg (PSB) no próximo dia 1º de janeiro de 2015 é uma reprise do mesmo discurso feito pelo então governador eleito Agnelo Queiroz (PT) durante o ato de sua posse ocorrida no dia 1º de janeiro de 2011 na Câmara Legislativa.

Em uma rápida pesquisa em jornais da época, o radar apurou o que foi dito por Agnelo na ocasião ao receber o “governo tampão” das mãos de Rogério Rosso.

O que disse Agnelo no jornal O Globo em 01/01/2011:

“Não é aceitável que a capital federal seja percebida como sinônimo de corrupção, falcatruas e negociatas. Não é aceitável que uma cidade que nasceu para ser modelo seja hoje motivo de achincalhe e piada nacional” - afirmou.

E o que aconteceu?

Corrupção, falcatruas e negociatas foram o que mais aconteceu durante o governo de Agnelo Queiroz, inclusive com alguns administradores presos por integrar a máfia dos alvarás.

O que disse Agnelo:

“Meu compromisso é com a ética, a transparência a seriedade nos gastos públicos. Nós estamos com a economia extremamente desequilibrada. Estamos no limite máximo da Lei de Responsabilidade Fiscal. Portanto, não podemos dar aumentos. Para honrar os compromissos e fazer os investimentos que a cidade precisa, é necessário cortar gastos e aumentar a receita” - afirmou.

E o que aconteceu?

Agnelo não foi sério e nem transparente e entregará o governo pior do que recebeu em 2011 com um déficit de R$ 3,8 bilhões. Desse valor, R$ 600 milhões serão em dívidas que a nova equipe de gestão terá de arcar a partir de 2015.

O que disse Agnelo:

“A situação da saúde é dramática. Vamos tomar medidas emergenciais, como recomposição de equipamentos, pequenas obras, liberação de centros cirúrgicos, melhoraria da estrutura dos prontos-socorros. Nossa intenção é colocar essas 14 UPAs em funcionamento antes de completar seis meses de governo. Quero dar pelo menos dignidade aos doentes e resolver esse grande problema de saúde pública de Brasília” - afirmou.

E o que aconteceu?

Na verdade, o que se teve nesses últimos quatro anos foi um atraso em relação à saúde pública, especialmente no que diz respeito à contratação de médicos. Quase uma dezena de pessoas morreram nas portas dos hospital por falta de atendimento e ainda teve um secretario de saúde que surpreendente disse que a população do DF tem o mau hábito de procurar hospital à noite.

O que disse Agnelo:

“Vamos demonstrar isso com atitude, não adianta falar apenas. Vamos recuperar o orgulho do brasiliense e mostrar a todos os brasileiros que somos um povo honesto. A imagem da cidade não pode ser maculada pela ação de alguns” - afirmou.

E o que aconteceu?

O orgulho da população segue ferido com a cidade engolida pelo mato, pelo lixo, sem transportes, sem saúde, sem salários e sem  a tradicional festa de réveillon.
A população espera que os discursos da enganação não se repitam em 2018.


Fonte: Radar Condominio

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