Agnelo é levado à Justiça por dívida de campanha e pode ser expulso do PT

A produtora diz que o montante foi para o primeiro turno

Abdon Araújo, um dos coordenadores de campanha de Agnelo, informa que o ex-governador está nos Estados Unidos e só ele falaria sobre os pagamentos

A Coligação Respeito por Brasília, pela qual Agnelo Queiroz (PT) concorreu à reeleição no Distrito Federal, vai ser acionada na Justiça por um débito de R$ 1,5 milhão com a Fabrika Filmes, produtora que fez os vídeos da campanha. Na prestação de contas ao TSE, o valor não foi contabilizado, o que pode caracterizar crime eleitoral, já que o fornecedor tem contrato e nota promissória em garantia pelo serviço.

CONTAS A PAGAR
Nesse caso, tanto Agnelo quanto seu vice, Tadeu Filipelli (PMDB), podem ser punidos até com inelegibilidade. "A produtora fez um trabalho profissional. Só queremos receber aquilo que nos é devido", diz José Luiz Nogueira, um dos sócios da Fabrika. Na prestação de contas, a produtora aparece como beneficiária de R$ 4,2 milhões, e não dos R$ 5,7 milhões do contrato. A última parcela não teria sido paga nem escriturada como dívida de campanha.

CONTAS 2
Abdon Araújo, um dos coordenadores de campanha de Agnelo, informa que o ex-governador está nos Estados Unidos e só ele falaria sobre os pagamentos. Um dos advogados da coligação, que não trabalha mais com o candidato, diz que "pode ter sido um acerto que incluía o segundo turno, que não houve". A produtora diz que o montante foi para o primeiro turno.

FORA DO PT
O novo imbróglio envolvendo o ex-governador do DF, que deixou os os cofres vazios e parte do funcionalismo sem receber, pode ser a gota d'água para a expulsão dele do PT. Líderes petistas ouvidos pela coluna lembram que ele veio do PCdoB e que o partido não vai ser solidário com dirigentes que cometeram irregularidades.

Fonte: Coluna Mônica Bergamo 

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