13 DE MAIO – ABOLIÇÃO DA ESCRAVATURA?

É PRECISO TER FORÇA PARA SUPORTAR O ABUSO… MAS É PRECISO CORAGEM PARA FAZÊ-LO CESSAR!

Marcha soldado, cabeça de papel… FALA AGORA QUE EU QUERO VER???

Os governos que sempre nos quiseram em linha, de frente para o ataque, sacrificando nossas vidas para guarnecer as deles, e que sempre nos viraram as costas quando iríamos retratar nossas mazelas, precisam se render e reconhecer que a toga pode sim, determinar quem manda… NÃO SE ENGANEM E CONTINUEM A ACHAR QUE QUEM GARANTE O CUMPRIMENTO DO MANDADO É A ESPADA!**

E aí?

Seria motivo de comemoração esses 206 anos de existência de uma instituição digna representada por mais de 15 mil homens de brio, força e honra numa capital jovem, porém a realidade é outra. Perdemos a dignidade quando por quatro anos fomos enganados por um governo fascista que prometeu e não cumpriu. Perdemos o básico na essência humana que é a SAÚDE. Voltamos a exploração serviçal através de SERVIÇOS EXTRAS não remunerados. Estamos caindo sem INVESTIMENTOS. Tudo isso num governo novo, porém de práticas velhas e conhecidas e que de nada difere do que enterramos nas eleições passadas.

Até quando continuarão dizendo que nossa insatisfação é demonstrada apenas por meia dúzia de pessoas que têm aspiração política? ALGUÉM AINDA ACREDITA NESSE DISCURSO DE QUE SOMOS UM CORPO SEM CABEÇA? Só os céticos, temerosos, puxa-sacos e golpistas que utilizaram da fraqueza profissional para nos enganar. Esses sim serão vistos sempre como a escória, a laranja podre que poderá contaminar as sãs.

Não… Nós não temos uma líder “Sininho” e não estamos caminhando em baderna rumo à terra do nunca… Mas saibam que não existe mais o problema cultural que consistia na existência de uma polícia mal informada e mal remunerada, porém eficiente. Somos de carne, e cansamos de viver como se fôssemos de aço! O grito entalado na garganta está prestes a ser solto, é o que sentimos.

Hoje, em situação normal, seria o dia de se comemorar, no entanto, devemos marcá-lo como o dia para demonstrarmos, mesmo em nosso fórum íntimo, que não somos pombos que passam o dia ciscando e comendo migalhas, mas que podemos voar alto como uma águia e fazer voos rasantes e certeiros em busca de nosso ALIMENTO. Não somos prostitutas baratas, que vamos garantir seus prazeres oferecendo muito, cobrando pouco, e se f…. com a alma esmagada e com um sorriso no rosto.
POLICIAIS MILITARES – OS ÚLTIMOS ESCRAVOS DO BRASIL – FIM!

Esse sentimento tem o dever de revelar à sociedade mais de 15.000 homens, todos em uma só voz gritando para sociedade de Brasília, que nossa vontade é forte. No entanto, nossa capacidade de submissão ao mando de governos que sempre nos mantiveram de cabeça baixa, agora é fraca, mas ainda ecoante!

Fortes ações, vêm através de fortes razões.

Parabéns Polícia Militar pelos seus 206 anos, e deixo abaixo um trecho de um texto escrito por um Policial Militar e dois vídeos para que não só os colegas reflitam, mas também toda sociedade, pois ela, apesar de não reconhecer, é a razão de nossa existência:

“Como policial militar, enfrentei o maior choque cultural de minha vida, ao ter de argumentar com todo tipo de pessoas, do mendigo ao magistrado, entrar em todo tipo de ambiente, do meretrício ao monastério. Também fui parteiro, quando não dava tempo de levar as grávidas ao hospital, na madrugada; fui psicólogo, quando um colega discutia com a esposa, diante da incompreensão dela, às vezes, com a profissão do marido; fui assistente social, quando tinha de confortar a mãe de alguma vítima assassinada por não possuir algo de valor que o assaltante pudesse levar. Como policial militar, fui pedreiro, ao participar de mutirões para reconstruir casas destruídas por enchentes; fui paramédico, ao ver um colega ir a óbito a bordo da viatura e ao retirar uma espinha de peixe da garganta de uma criança; fui apedrejado por estudantes da mesma escola na qual estudei e fui professor, por pessoas do mesmo grêmio do qual participei.

Como policial militar, lembro que sobrevivi cinco graves acidentes com viaturas, nunca a menos de 120km/h, na ânsia de chegar rápido àquela residência onde a moça estava sendo estuprada ou um idoso estava sendo espancado. Quantas vezes arrisquei-me a contrair vários tipos de doenças, ao banhar-me com o sangue de vítimas às quais não conhecia, mas que tinha obrigação de tentar salvar. Arrisquei-me contaminar minha família com os mesmos tipos de doenças, pois ao chegar em casa, minha esposa era a primeira a me abraçar, nunca se importando com o cheiro acre de sangue alheio, nem com as manchas que tinha de lavar do uniforme;

Como policial militar, fiquei revoltado, ao necessitar de um leito para minha esposa ganhar nenê, e ao chegar no hospital da polícia, deparar-me com um traficante sendo operado por um médico particular; fui o cara que mudou todos os hábitos para sempre, andando em estado de alerta 25 horas/dia, sempre com um olho no peixe e outro no gato, confiando desconfiado.

Como policial militar, fui xingado, agredido, discriminado, vaiado, humilhado, espancado, rejeitado, incompreendido.

Na hora do bônus, esquecido;

Na hora do ônus, convocado.

Tive de tomar, em frações de segundo, decisões que os julgadores, no conforto de seus gabinetes, tiveram meses para analisar e julgar.

E mesmo hoje, calejado, ainda me deparo com coisas que me surpreendem, pois afinal ainda sou humano...

Não queria passar pelo que passei, mas fui voluntário, ninguém me laçou e me enfiou dentro de uma farda; Observando-se por essa ótica, é fácil ser dito por quem está de fora, que minha opinião não importa, ou que simplesmente, não existe.

Amo o que faço e o faço porque amo. Sei que terei de passar por tudo de novo, a qualquer hora, em qualquer dia e em qualquer lugar, e o farei, sem reclamar, nem recuar.

Não somos melhores nem piores do que ninguém somos apenas seres humanos diferentes... Policiais militares, sim, mas seres pensantes....” (Autor desconhecido)

Da redação... com adaptações
Por Poliglota...

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